Cada vez mais a área da saúde tem buscado técnicas menos invasivas para auxiliar o organismo a se autorrecuperar diminuindo o uso de medicamentos e acelerando processos de melhora
4 de março de 2013 por Ludmila Bonelli
Quinze anos de experiência atuando na recuperação da pele danificada , serviram como experiência para escrever sobre este assunto principalmente pela escassa literatura disponível sobre este tema .
Entendendo a pele como o órgão maior e que recobre todo o corpo humano, e que qualquer reação aparente está relacionada com alterações internas do organismo e entendendo ainda que em apenas milímetros de espessura entre derme e epiderme podemos ter enormes alterações, devemos ter em mente que uma terapêutica regeneradora seria muito oportuna.
Portanto o objetivo do presente texto é oferecer conhecimento á partir de nossa conduta baseada na evidencia clínica abordando sugestões de protocolos de tratamentos, de prevenção e de recuperação de possíveis complicações.
Vamos inicialmente aqui abordar um dos recursos que podemos utilizar para esta função com muito sucesso, entre outros claro, que iremos citar em outras oportunidades.
SAIBA MAIS
A utilização da luz dos Leds vem de encontro á uma nova perspectiva de atuação sobre a pele, fugindo completamente de todos os tratamentos agressivos utilizados no mercado e oferecendo a reparação ideal para pele sofrida pelo excesso condutas mal elaboradas.
Cada vez mais a área da saúde tem buscado técnicas menos invasivas para auxiliar o organismo a se autorrecuperar diminuindo o uso de medicamentos e acelerando processos de melhora. O uso de fontes luminosas tem sido cada vez mais pesquisado na área da saúde com objetivo de resultar benefícios para os pacientes. Cada vez mais pesquisas têm comprovado que a terapia com o uso dos Leds pode promover resultados de bioestimulação celular semelhantes aos Lasers.
Poderíamos considerar o Led uma evolução da fototerapia por ser uma técnica fototerapêutica não indolor, não térmica, não ablativa e menos invasiva; não promovendo dano à pele; não necessitando de tempo de recuperação; não tendo restrição quanto ao tipo de pele podendo ser aplicada em qualquer Fitzpatrick , em qualquer idade e ainda podendo ser usado em qualquer época do ano.
Sabemos que a coerência é uma propriedade da luz do laser que, ao penetrar no tecido, perde sua energia nos primeiros extratos da pele devido á grande variedade de estruturas celulares que a compõem . Apesar do Led ser um laser não coerente, esta penetração ainda assim é absorvida pelas células através de fotorreceptores celulares alterando seu metabolismo através da estimulação luminosa.
Podemos tratar as disfunções dermato-estéticas da pele através de seus cromóforos e sua reação à aplicação da ledterapia atuando como uma forma preventiva, curadora e recuperadora da pele danificada.
Em nossa experiência no consultório de fisioterapia dermatofuncional , onde o uso de drogas ainda não é recomendado , temos baseado a utilização da fototerapia não colimada (Leds) , com a intenção de aproveitar seu efeito recuperador e antioxidante. Segundo Scotti(2007), ser antioxidante é ter a característica de diminuir ou bloquear as reações de oxidação induzidas pelos radicais livres. Naturalmente, nosso organismo possui substâncias que têm por objetivo estabelecer um equilíbrio harmônico entre a presença das moléculas oxidantes, antioxidantes e a pele. Esta última, por sua área extensa e função protetora do organismo ao meio, fica muito exposta ao ataque radicalar , sendo a defesa antioxidante constantemente requisitada. Desta forma, é preocupação constante prevenir e atenuar os danos produzidos ao tecido cutâneo por meio da busca e do estudo de recursos antioxidantes eficazes.
De acordo com Lagan et al.,2009, a terapia com luz traz vários benefícios como fotobiomodulação, sendo decorrentes da energia luminosa por fotorreceptores biológicos(cromóforos), que são capazes de modular as atividades bioquímica e fisiológica das células fazendo um papel antioxidante e recuperador da pele. Abaixo algumas das várias patologias onde o Led tem otimizado resultados sem reações indesejáveis.
Na acne: os Leds são considerados altamente eficazes para aumentar as atividades celulares por meio da fotobiomodulação mitocondrial (luz vermelha), bem como para provocar a destruição fotodinâmica do o P. Acnes (luz azul). Segundo Agne(2009), alternando a luz no espectro vermelho(633 a 670nm) e azul(415nm) em poucas séries de estimulações, já se obtém resultados promissores no tratamento da acne leve a grave É contraindicação absoluta aplicar este protocolo de tratamento coadjuvante ao uso da isotretinoína oral (Roacutan).
No melasma: Distúrbios de hiperpigmentação, como o melasma, representam um desafio significativo no tratamento da maioria pacientes. Comprimentos de onda de LED de 830, 850 e 940 nm inibibem a produção de tirosinase nos melanócitos e inibem a melanogênese. Portanto, estes comprimentos de onda de LED, podem ser úteis ferramentas terapêuticas na recuperação da pele hiperpigmentada.
Na alopecia: Usando luzes vermelha com 655nm e infravermelha de 780nm, podemos ter um aumento na densidade dos cabelos em até 3 meses de uso, com aumento da relação anágeno/telógeno, e aumento da espessura da haste pilosa.
Na hipo ou hipercromia pós laser em epilação: Na literatura não se verificam relatos de hipo-cromia (manchas brancas) ou hipercromias (manchas escuras) de caráter permanente pós-laser, mas na experiência prática em alguns casos podem ocorrer discromias (manchas) temporárias e/ou irreversíveis. Tais intercorrências podem ser eliminadas ou amenizadas com o uso dos leds exatamente por não serem agressivos por sua energia mais dissipada.
Podemos ainda atuar em várias outras patologias como a rosácea, cicatrização, psoríase entre outros apontando que o uso da luz do Led, tem se mostrado um recurso importante no consultório do profissional que trabalha com afecções da pele e tratamentos estéticos.
Fonte: http://www.negocioestetica.com.br/nosso-papel-reabilitar-a-pele-danificada/