A BELEZA em si é fundamental! Sendo do CORPO ou da ALMA, vai depender de quem a vê. O ideal é que o conjunto da obra seja o complemento tanto do corpo como da alma, já que a BELEZA DO CORPO é passageira, enquanto que a BELEZA DA ALMA se estende além da matéria. A BELEZA vem de dentro para fora, mesmo que alguns procedimentos sejam esternos, mas é internamente que vem a satisfação da BELEZA, fazendo com que uma dependa da outra.

domingo, 17 de junho de 2012

Foliculite e a depilação: seqüelas, tratamentos e o papel do Tecnólogo em Cosmetologia e Estética


ARTIGO CIENTÍFICO 


Ana  Carolina  Rescaroli¹-  Acadêmica  do  Curso  de  Cosmetologia  e  Estética  da 
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. 

Gislene  Martins  da  Silva²-  Acadêmica  do  Curso  de  Cosmetologia  e  Estética  da 
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. 

Gildete  Aparecida  Valdameri³-  Professora\Orientadora,  Tecnóloga  em 
Cosm etologia  e  Estética,  professora  do  Curso  de  Tecnologia  em  Cosmetologia  e 
Estética  da  Universidade  do  Vale  do  Itajaí  -  UNIVALI,  Balneário  Camboriú,  S anta 
Catarina. 

Contatos 
¹anacarou_@hotmail.com 
²gikamartinsilva@hotmail.com 
³gildete@univali.br 

RESUMO 

O  Tecnólogo  em  Cosmetologia  e  Estética  ao  atender  seu  cliente  precisa  antes 
conhecer as características da pele em  seu estado natural e depois saber identificar 
as alterações que possa apresentar, diferentes reações, causas e consequências no 
processo depilatório como  a  foliculite,  pseudofoliculite e a hiperpigmentação. Esses 
problem as que de certa  forma afetam a autoestima e  o bem estar das pessoas tem 
importante valor, quando no exercício de sua profissão, o tecnólogo oferece medidas 
que previnam, tratem e orientem para evitar ou m inimizar o problema. Embasado em 
informações  científicas,  através  de  uma  revisão  bibliográfica,  esta  pesquisa  busca 
apresentar  informações,  condutas  e  sugestões  de  tratamento  que  podem  ser 
adotadas para atenuar, evitar ou eliminar essas alterações e que requerem medidas 
de assepsia, renovação  celular,  hidratação e despigmentação da pele, em  nível de 
camada  córnea.  Através  de  princípios  de  higiene,  saúde,  biossegurança  e  uso  de 
produtos  que  contenham  princípios  ativos  bactericidas,  cicatrizantes, 
antiinflam atórios,  hidratantes,  regeneradores  e  despigmentantes,  além  de  outros 
recursos com o o uso da alta-frequência, esta pesquisa pretende auxiliar na melhoria 
da  qualidade  dos  serviços  prestados  pelo  Tecnólogo  em  Cosm etologia  e  Estética 
que  atua  na  área  de  depilação  e  se  depara  com  clientes  que  apresentem  as 
alterações  que  compõe  o  tema  da  pesquisa:  foliculite,  pseudofoliculite  e 
hiperpigmentação pós-inflamátoria. Hoje se sabe que os profissionais cada vez mais 
devem saber da importância do seu papel tanto na prevenção, quanto no tratamento 
e orientação ao cliente em todas as áreas da estética. 


Palavras  chaves:  depilação,  foliculite,  pseudofoliculite,  hiperpigmentação  pós-
inflamatória, tratamento.  



INTRODUÇÃO  

A  pele  sadia  é  essencial  para  nosso  bem  estar  físico  e  psicológico.  Qualquer 
pessoa  que  apresenta  na  pele  reações  fora  dos  padrões  normais  de  uma  pele 
saudável sabe que o convívio diário com certos problemas de pele é aparentemente 
desconfortável e implica de certa forma com a auto-estima. 
Evidencia-se  a  importância  dada  pelo  público  feminino  quanto  à  aparência  da 
pele  após a  prática de depilação,  por  esta razão, hoje  os profissionais  depiladores 
devem  saber  a  importância  do  seu  papel,  tanto  para  prevenção,  quanto  para  o 
tratamento e orientação ao cliente.  
Um dos incômodos resultantes da depilação é a foliculite, que é uma inflamação 
causada  por  bactérias  no  folículo  pilossebáceo  onde  se  originam  o  pelo  e  o  sebo 
que protege naturalmente  a  pele.  Apesar da foliculite ser confundida popularmente 
com o pelo encravado, o que ocorre  é  que o pelo e o sebo  não sai  naturalmente à 
superfície  da  pele,  onde  encravam  devido  ao  espessamento  da  pele,  dando-se 
assim  o nom e de pseudofoliculite, que acontece devido ao excesso de formação da 
sua proteína básica, o que difere de uma infecção causada por bactéria. 
A lém  das  questões  sobre  a  foliculite  é  importante  observar  suas  sequelas 
como a hiperpigmentação, pois todo cuidado e análise não são apenas uma questão 
de vaidade  desnecessária. Esses  são, portanto  o motivo de  buscarmos  medidas  e 
soluções com ativos e recursos já existentes no m ercado que podem auxiliar em um 
resultado  bastante  significativo.  Os  tratamentos  modernos  tiveram  um  grande 
avanço  nesta  década,  está  claro  que  a  prevenção  é  melhor  do  que  a  cura,  e  um 
grande número de problemas podem e devem ser evitados. 
O  sucesso  de  qualquer  tratamento  de  alterações  na  pele  depende 
essencialmente  do  pleno  conhecimento.  Quanto mais  conhecimento tiver  sobre  os 
principais  recursos  utilizáveis  na  área  da  estética,  bem  como  conhecimentos 
relevantes  de  anatomia,  fisiologia,  patologia,  entre  outros,  o  profissional  terá  mais 
condições de avaliar o problema e eleger o tratamento adequado. Utilizando-se dos 
recursos  corretos  e  ciente  dos  efeitos  a  atingir,  tratando  com  maior  ética  e  rigor 
cientifico,  o  profissional  de  cosmetologia  poderá  trazer  grandes  benefícios  aos 
interessados. 
A pesar de ser um problema relativamente frequente nos serviços de estética, 
especialmente de  depilação,  a foliculite,  pseudofoliculite  e  a hiperpigmentação  tem 
poucos  recursos  especialmente  oferecidos  para  suas  soluções.  Esta  pesquisa 
pretende:  oferecer  inform ações  sobre  cada  uma  destas  alterações  atendendo  a 
necessidade  de  conhecimentos  que  orientem  os  profissionais;  revisar  os  recursos 
existentes  no  mercado  de  estética  que  possam  ser  utilizados  para  melhorar  as 
condições  da  pele  dos  clientes  que  sofrem  com  a  presença  destas  alterações  de 
pele;  e  sugerir  recursos  e  tratamento  que  possibilitem  ao  profissional  atender  as 
necessidades de seus clientes que apresentem estes problemas. 


METODOLOGIA 

P ara  atender  estes  objetivos  optou-se  por  uma  pesquisa  qualitativa, 
exploratória, descritiva a partir de uma revisão bibliografia.  
A   pesquisa  qualitativa  dá  ênfase  sobre  as  qualidades,  os  processos  e  os 
significados  que  não  são  examinados  ou  medidos  em  termos  de  quantidades, 
volume, intensidade ou freqüência (DENZIN, LINCOLN 2006, p. 23 32).  
O tipo de pesquisa exploratório, segundo Köche (2003, p. 124 126) possibilita 
descrever e caracterizar as variáveis que se quer conhecer e a descritiva constata e 
avalia situações e condições que já existem.  
A través  da  revisão  bibliográfica  o  pesquisador  busca  o  conhecimento 
disponível  na  área  para  as  contribuições  teóricas  que  dão  suporte  as  discussões 
sobre o tem a (K ÖCHE, 2003 p.122) 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

PELE 

 A   pele  representa  12%  do  peso  seco  total  do  corpo,  com  peso  de 
aproximadamente  4,5 quilos, e  é de longe o  maior sistema de órgãos  expostos ao 
meio  ambiente.  Uma  amostra  de  pele  com  aproximadamente  3  cm  de  diâmetro 
contém : mais de 3 milhões  de  células,  entre  100 e 3040  glândulas sudoríparas, 50 
terminações nervosas e 90cm de vasos sanguíneos (GUIRRO, 2004). 
 Como  não  é  apenas  um  elemento  m eramente  estético  ou  um  simples 
revestimento do esqueleto  e dos órgãos a  pele  não  pode  ser  tratada  como  tal.  Ela 
faz  a  ponte  entre  o  corpo  e  o  meio  ambiente.  Por  isso,  absorve  fatores  externos, 
como  a  luz  ultravioleta  e  centenas  de  tóxicos  de  natureza  química  e  orgânica, 
evitando  que  esses  agressores  atinjam  o  organismo,  o  que  provocaria  um  dano 
maior  aos  órgãos  vitais.  Macedo  (2001)  considera  que  cada  ser humano  tem  uma 
pele única, que difere de pessoa para pessoa, de raça para raça e até de uma área 
do corpo para outra. Porém , há algumas características gerais, como o fato de que a 
pele  tem  sempre  a  mesma  estrutura  básica,  formada  por  três  camadas: epiderme, 
derme e hipoderme. 
 A  epiderme é a camada mais superficial da pele. O ciclo de vida da epiderme 
é  de  mais  ou  menos  quatro  semanas.  Formada  por  células  que  por  mitose  se 
multiplicam  rapidamente, renovando-se e eliminando as  células mortas.  (MACEDO, 
2001).  
P rumnieras  (1994)  nos  revela  que  o  exame  histológico  de  um  corte 
transversal  da  pele  permite  reconhecer  quatro  camadas  celulares  traduzindo  de 
baixo  pra  cima  os diferentes  eventos  metabólicos  que transformam  o  queratinócito 
basal em queratinócito córneo: 
- a camada das células basais ( stratum germinativum) 
- o corpo mucoso de Malpighi ( stratum spinosum) 
- a camada granulosa (stratum granulosum). 
- a camada córnea (stratum  corneum) 
 A   epiderme  protege  e  bloqueia  a  entrada  de  material  estranho.  É  nessa 
camada da pele e nas mais profundas,   que se encontram as  células pigmentares, 
que produzem a melanina, responsável pela coloração da pele. (MACEDO, 2001). 
 O  escurecimento  da  pele  por  exposição  à  luz  solar,  conforme  Guirro  (2006) 
ocorre  inicialmente  devido  a  um  fenômeno  biofísico  que  leva  a  um  escurecim ento 
rápido de parte da melanina preexistente; numa segunda etapa, pela aceleração dos 
processos  de  biossíntese  da  melanina.  Além  da  concentração  de  melanina,  a 
coloração  da  pele  depende  também  da  sua  espessura  e  do  grau  de  irrigação 
sanguínea. 
           A  derme  é  a  camada  média,  que  dá  sustentação  à  pele.  Parte  vital,  onde 
muitos  sinais  de  mudança  se  m anifestam.  Localizada  entre  a  epiderme  e  a 
hipoderme,  é  responsável  pela resistência e elasticidade da  pele. É  constituída  por 
tecido conjuntivo (fibras colágenas e elásticas envoltas por substancia fundamental), 
vasos  sanguíneos  e  linfáticos,  nervos  e  terminações  nervosas.  Os  folículos 
pilossebáceos  e  glândulas  sudoríporas,  originadas  na  epiderme,  também  se 
localizam na derm e (MACEDO, 2001).   
 A baixo da derme fica a hipoderme, uma fina camada de gordura que funciona 
como  uma  proteção,  uma  espécie  de  colchão,  e  também   dá  à  pele  a  aparência 
saudável (MACEDO, 2001).  


O FOLÍCULO P ILOSO 

 O folículo  piloso é uma  invaginação da  epiderme profunda  na derm e, que se 
pode  im aginar  introduzida  na  derme  como  um  dedo  de  luva.  (PEYREFITTE,  G.; 
MARTINI, M. C.; CHIVOT, M. 1998) 
 E m sua parte inferior, o folículo incha para formar o bulbo piloso que repousa 
sobre a junção dermo-hepidérmica, onde se insere o músculo pilomotor. O fundo do 
bulbo  está  deprimido  por  uma  expansão  da  derme,  a  papila  do  pêlo.  A  glândula 
sebácea fica suspensa  no  folículo piloso por  um  pequeno  canal (PEYREFITTE,  G.; 
MARTINI, M. C.; CHIVOT, M. 1998) 
 De  acordo  com DU VIVIER  (2002)  o folículo  piloso  se  desenvolve  como  um 
crescimento arqueado de células epidérmicas, ocorrendo na direção da derme ou do 
tecido subcutâneo, que se torna canalizadas para formar a bainha radicular externa, 
sendo relativamente imóvel. A proliferação das células germinativas na base do pêlo 
forma  a  bainha  radicular  interna  dos  cabelos  a  haste  do  pêlo,  que  fica  dentro  do 
canal  folicular.  Com plem entando  Peyrefitte,  Martini,  Chivot,  (1998),  citam  que  a 
bainha  epitelial  interna  se  modifica  de  baixo  para  cima,  desaparecendo 
completamente  na  altura  do  canal  de  excreção da glândula sebácea.  O  canal  pilar 
começa  assim  que  a  glândula  sebácea  desemboca  no  folículo  piloso.  A  bainha 
epitelial  externa  continua  sem  interrupção  e  forma  a  parede  do  canal  pilar, 
prolongando-se depois pela epiderme.  
  A   atividade  mitótica  do  folículo  é  responsável  pelo  crescimento  do  pêlo.  A 
haste é desembaraçada da bainha epitelial interna. Todas as células da bainha são 
queratinizadas,  a  porção  morta.  A  raiz  é  viva  e  o  bulbo  é  a  base  que  recebe  os 
nutrientes, sendo circundada por receptores sensoriais (GUIRRO; GUIRRO, 2004).  


PELO 

 Conform e Sampaio e Rivitti (2001) a função dos pelos filogeneticamente seria 
de  proteção  contra  a  luz  solar,  frio  e  calor  e  aumento  da  sensibilidade  tátil.  No 
homem, os cabelos, os pelos nas narinas, condutos auditivos e olhos tem ainda esta 
função  de  proteção. Entretanto,  pelos  e cabelos têm  fundamentalmente  no  homem 
uma  importância  estética  e  suas  alterações  acarretam  problemas  psicossociais, 
eventualm ente graves, na qualidade de vida.   
  No homem  há três  variedades  de pelos.  A pelugem, fina  e  quase  invisível; o 
lanugo,  constituindo  uma  variedade  de  pelos  que  têm   o  feto  caindo  por  volta  do 
oitavo mês; e os pelos propriamente ditos ou terminais, são espessos, pigmentados 
e  longos,  tendo  como  exem plo os  pelos  das  axilas  e do  púbis,  sendo  este  o mais 
importante  dentro  do  universo  deste  artigo  (PEYREFITTE,  MARTINI,  CHIVOT. 
1998). 
 O  pêlo  apresenta uma  parte  visível,  a  haste,  que  esta  em  sequencia  à  raiz, 
parte  profunda  alojada  no  interior  de  um  saco  cilíndrico,  formando  desta  forma  o 
pelo;  que  está  implantado obliquamente  na  pele,  mas  precisamente  seu  ângulo de 
saída entre 31° a 59° (PE YREFITTE, MARTINI, CHIVOT, 1998). 


O CRESCIMENTO DO PELO 

 O  crescimento  dos  pelos  é  cíclico.  O  primeiro  autor  a falar  em  ciclo  pilar  foi 
Trotter em 1924, in Peyrefitte, Martini, Chivot (1998), onde ele descreve as três fases 
do crescimento dos pelos:  
 Fase  de  crescimento  ativa  ou  anágena:  é  neste  período  que  o  pelo  cresce,  
podendo  durar  de  alguns  meses  a  anos.  Todos  os  pelos  se  formam  na  derme,  e 
todo o corpo tem pelos com exceção da palma das mãos e planta dos pés. Cerca de 
85% dos pelos do nosso corpo estão nessa fase. 
  Fase regressiva ou catágena: dura cerca de três semanas. As células deixam 
de  se  multiplicar,  simultaneamente  os  melanócitos  cessam  sua  atividade.  O  bulbo 
morre completam ente queratinizado e se destaca da papila dérmica. 
 Fase  de  repouso  ou  telógena:  dura  aproximadamente seis semanas.  O  pelo 
surge mais claro. Ao fim da fase de repouso, o pelo cai e um novo começa a nascer, 
iniciando  um  novo  ciclo  pilar.  Entre  10%  e  13%  dos  pelos  do  nosso  corpo 
encontram-se nessa fase (PEYREFITTE; MARTINI; CHIVOT,1998). 
 Constata-se que os pelos crescem de maneiras diferentes em  cada individuo. 
As variáveis  que influenciam estas diferenças são: idade, região, sexo, estações do 
ano,  peso, metabolismo, medicações, hormônios, entre outros fatores, porém todos 
passam por estas fases, conforme descrito acima. 


AS  BACTÉRIAS DA PELE 

 A  partir  dos  estudos de Catarina et  al  (2009)  a pele é  rica em  bactérias  que 
podem  ser  divididas  em  dois  grupos:  as  residentes,  encontra-se  regularm ente  na 
pele  e  vivem  como  parasitas,  e  as  transitórias,  eventualmente  colonizam  na  pele, 
podendo  permanecer  nela  em  pequeno  número  em  tempo  variável  e  de  fácil 
remoção. 
Os autores complementam ainda que a  esta colonização, deve-se considerar 
alguns  fatores, com o:  a interferência  da flora residente; a barreira mecânica celular, 
com renovação constante da epiderme; o grau de um idade na pele, mas fácil será a 
multiplicação das bactérias; o pH alcalino que facilita a sua multiplicação; a barreira 
química  representada  por  ácidos  graxos  não  saturados,  produzidos  pela  fora 
residente,  capacidade  imunológica  do  indivíduo;  a  patogenicidade  e  o  grau  de 
virulência do germe. 


FOLICULITE 

 Uma infecção bacteriana denominada de piodermite, desenvolve-se a partir 
de um  desequilíbrio da flora normal (CATARINA, et al, 2007) 
 A   foliculite  superficial  geralmente  é  causada  por  uma  bactéria  chamada 
Staphylococus  aureus,  mas  ocasionalmente  pode  ser  causada  pela  bactéria 
Staphylococus  pyogenes (DU VIVIER, 2002). 
 De  acordo  com  Du  Vivier  (1995),  afeta  os  folículos  pilosos,  tendo  como 
características  pústulas  brancas  ou  amareladas,  com  pêlo  central  e  discreta 
hiperem ia.   A  infecção danifica os  pelos  possibilitando arrancá-los  mais  facilmente. 
Podem  ser  crônicas  em  regiões  onde  os  folículos  se  encontram  profundam ente 
enraizadas na pele, como  na barba. Os pelos mais grossos  ocasionalmente podem 
curvar-se  e  penetrar  na  pele  provocando  irritação,  porém  não  apresentar  uma 
infecção importante (MANUAL MERCK, 2009). 
 E sta reação inflamatória pode ocorrer  espontaneamente ou  por vários outros 
fatores: excesso de suor, raspagem de pelos ou depilação de cera, fricção, agentes 
químicos,  falta  de  higiene,  alterações  imunológicas  (MODESTI;  HABITZREUTER; 
GALLAS,  2007).  Existem  outros  fatores  que  podem  ocasionar  a  foliculite,  afirma 
Habif (2002), como efeitos m ecânicos, que é causado por traumas persistentes e por 
roupas justas, que resulta em uma  exposição crônica  ao atrito, além da foliculite de 
oclusão,  que  ocorre  após  a  exposição  a  óleos  e  graxas,  podendo  ser  exacerbada 
por  uma  situação  na  qual  a  roupa  fique  contaminada  por  óleo  ou  óleos 
contam inados (DU VIVIE R , 1995). 
 A  foliculite atinge crianças e  adultos, surgindo  em  qualquer localização onde 
existam  pelos.  São  mais  freqüentes  na  barba  (homens)  e  virilha  (mulheres)  e 
também   em  pacientes  com  doenças  de  base  com o  diabetes  ficam  sujeitos  a  esta 
infecção (MAZZAMBANI, 2009). 

  
PSEUDOFOLICULITE 


  P seudofoliculite  é  o  nome  científico  para  o  pelo  encravado  que  acontece 
simplesmente  quando  o  pêlo  nasce  e  volta  para  o  folículo  podendo  gerar  até  um 
processo inflamatório, cita Du Vivier (1995). Também conhecida como pili incarnati é 
decorrente do fator anatômico dos pêlos, especialmente nos negros e mestiços, por 
terem a tendência de serem recurvados, com o crescimento, novamente introduzem-
se na epiderme gerando pêlos encravados (AVRAM, 2008). 
  Pode  desenvolver-s e  em  qualquer  tipo  de  pele  que  seja  depilada 
regulam ente  e  em   todos  os  fototipos  cutâneos.  Nas  mulheres,  esse  distúrbio  vem 
sendo observado m ais comumente nas regiões pubianas e axilares (AVRAM, 2008).  
Outro  aspecto  importante  a  observar,  considerando  o  que  diz  Sampaio  e 
Rivitti  (2001)  é  que  esse  distúrbio  também  pode  ser  causado  pela  raspagem  dos 
pelos.  A  raspagem  torna  os  pelos  mais  afiados  que  perfuram  o  folículo  invadindo 
derme,  produzindo  uma  reação  inflamatória.    Na  maioria  das  lesões  podem  ser 
notadas pápulas foliculares, pústulas e hiperpigmentação pós-inflamatória.  
A s alterações da  espessura  da  pele  podem  provocar a pseudofoliculite,  este 
fato  deve-se  ao  atrito  causado  pelas  roupas  apertadas  ou  meias-calça.  Esta 
alteração é  uma  forma de proteção  que  o  organismo  humano  encontra  para evitar 
lesões  maiores.  Não  existe  nenhum  tratamento  realmente  bem-sucedido  para 
pseudofoliculite, a não ser deixar crescer, o que nem sem pre é aceitável ao paciente 
(DU VIVIE R, 1995). 


HIPERCROMIA PÓS-INFLAM ATÓRIA 

 A   Hipercromia  pós-inflamatória,  conhecida  pela  nomenclatura  HPI  é  uma 
sequela  resultante  de  qualquer  distúrbio  inflamatório  e  lesões  cutâneas,  como  por 
exemplo, a foliculite, diz Avram (2008), porém Nicoletti et al (2009) afirma que estão 
mais  ligadas  ao  tipo  de  agressão  que  ao  grau  de  inflamação,    pois  a  síntese  da 
melanina  que  é  liberada  pelo  melanócito    junto  com  oxidação  enzim ática  de  L-
tirosina é  intensificada  com esse processo. 
 S egundo  Du  Vivier  (1995)  a  hiperpigmentação  pode  se  seguir  a  qualquer 
doença cutânea, principalmente aquelas que afetam a camada de células basais da 
epiderm e,  doenças  como  o  líquen  e  o  lúpus  eritem atoso  são  sempre  seguidas  de 
uma  hiperpigmentação  pós-inflamatória  porque  a  camada  de  células  basais  é 
destruída e a melanina depositada na derme.  
 Comumente  é  encontrada  nos  fototipos  mais  escuros.  Dependendo  da 
origem,  o  pigmento  pode  ser  depositado  na  derme  ou  na  epiderme  e  isto  tem 
implicações importantes para o tratamento das alterações da pigmentação (AVRAM; 
2008). 
 A  HPI não piora, a não ser que haja uma inflamação no mesmo local afetado, 
geralmente regride em alguns meses, mas no caso de HPI dérmica, pode não haver 
melhora significativa (AVRAM; 2008).  
A s manchas também são sequelas causadas pela foliculite e pseudofoliculite, 
alem da depilação com a lâmina ou cera, que podem provocar alterações na região, 
quando  houver  exposição  à  luz  solar,  intensificado  pela  produção  de  m elanina  na 
pele.  Para  o  tratamento  da  HPI,  deve  ser  tratado  com  muita  responsabilidade  e 
atenção, pois os pacientes  portadores em geral se incomodam  com  as  manchas, e 
tendem  a procurar  um  tratamento  mais  rápido, do que  a conduta  normal  que  seria 
esperar as manchas desaparecerem  (AVRAM, 2008). 


DEPILAÇÃO 

 A  depilação consiste  em retirar temporariamente  os  pelos supérfluos,  com  o 
objetivo  estético em função das modas, dos hábitos sócio-culturais, além de ser um 
gesto de higiene. A depilação pode ser praticada por meios mecânicos ou destruição 
elétrica. (PEYREFITTE, MARTINI, CHIVOT. 1998). 
  A  melhor opção depilatória varia de pessoa para pessoa, conforme seu hábito 
e a sensibilidade da pele. Cada  método tem prós e contras. A lâmina, por exemplo, 
remove  pêlo  na  superfície,  o  que  significa  que em  três  dias  ele  estará  novam ente 
aparecendo. Contudo, raramente dá origem aos pelos encravados e não engrossa o 
fio, como explica Martinez e Rettes (2004) que discorda de Sampaio e Rivitti (2001) 
quando citam que a raspagem do pelo pode causar a pseudofoliculite. 
Outro  aspecto  importante  a  observar  é  que  a  cera  é  uma  alternativa  mais 
duradoura,  pois  arranca  o  fio  de  dentro  do  bulbo  da  pele,  fazendo  com  que  leve 
cerca de vinte dias para reaparecer, é m ais rápida e menos dolorosa que a cera fria. 
Tanto a  cera  fria  quanto a  quente  pode causar  mais  pelos  encravados, pois  nesse 
caso,  o  pêlo  que  nasce  dentro  do  bulbo  não  rompe  a  pele,  enrolando-se  sob  a 
superfície e podendo ocasionar inflamações (MARTINEZ; RETTES, 2004).  
 O importante  é  fazer a depilação com  um  especialista, para  evitar  manchas, 
cicatrizes e queimaduras,  que adote também boas medidas de  assepsia e que  não 
reutilize a cera, conclui (MARTINEZ; RETTES, 2004).  
 Outro  fator  importante  para  se  observar  na  escolha  desse  profissional  é  a 
questão  da  assepsia e  a  biossegurança,  levando  em  consideração  a  aplicação de 
uma  loção  pré-depilatória,  higienização  das  mãos  da  cliente  devido  ao  fato  da 
proliferação  de  bactérias  e  o  uso  dos  equipamentos  de  proteção  individual  para  o 
profissional (COSTA , 1999).  


TRATAMENTOS  E  RECURSOS  INDICADOS  PARA  FOLICULITE  E 
PSEUDOFOLICULITE 

          Os  peelings  ainda  são  o  melhor  recurso  como  procedimentos  onde  tem  a 
finalidade  de  promover  renovação  celular,  obtendo-se  ainda  um  refinamento  e 
atenuação  cutânea,  remoção  de  pústulas,  redução  de  hipercromias, 
consequentemente  facilitara  a  saída  do  pelo.  São  classificados  em  físico,  químico, 
biológico e vegetal, porém para o tratamento pseudofoliculite são indicados peelings 
químicos e físicos. (BORGES , 2006). 
A   terapia  tópica  para  a  foliculite  com  cosméticos  com  ativos  anti-sépticos  e 
cicatrizantes já  existentes no mercado é o procedimento suficiente  para casos mais 
brandos.  Porém  em  casos  mais  severos  pode-se  indicar  o  tratamento  com  um 
dermatologista.  Outros  fatores  que  auxiliam  no  tratamento  são  evitar  o  calor 
excessivo,  o  atrito  e  a  oclusão. Sabonetes  antibacterianos, compressas  aquecidas 
também  devem usados (HABIF, 2002 pg. 24). 


RECURSOS  DE  TRATAMENTO  PARA  AS  HIPERCROMIAS  CAUSADAS  PELAS 
SEQUELAS DA FOLICULITE, P SEUDOFOLICULITE E PÓS-DE PILATÓRIA 

 Os  despigmentantes  são  produtos  destinados  a  clarear  a  pele,  mas, 
sobretudo atenuar ou fazer desaparecer  as  manchas pigmentares  devidas  a  vários 
fatores (PEYREFITTE et al 1998).  
 Para  Borges  (2006  pg.  80)  os  ativos  despigmentantes  precisam  estar  em 
perfeita  afinidade  química, a fim de  garantir  a eficácia do produto final  e  o  sucesso 
do  tratamento  juntamente  com  outros  produtos,  como  os  peelings,  procedimentos 
que  tem  como  finalidade  de  promover  um a  renovação  celular  e  de  obter  um 
refinamento da pele, com boa redução de discromias. 
 P ara  facilitar  a  visualização  e  a  com preensão,  abordaremos  os  principais 
ativos  juntamente  com  o  recurso  da  eletroterapia  usados  comum ente  para  as 
patologias apresentadas de acordo com a sua especificidade.  



PRINCÍPIOS ATIVOS 

 De acordo  com  Guirro  e  Guirro  (2004) princípios ativos  que  são substâncias 
químicas  ou  biológicas  que  possuem  atividade  comprovadamente  eficaz  sobre  a 
célula  do  tecido,  promovendo  ação  de  várias  formas,  como  hidratação,  nutrição, 
cicatrização,  revitalização,  entre  outros,  traz  bons  resultados  principalmente  se 
estiverem em perfeita afinidade com outros ativos e tratamentos. 
Os  princípios  ativos  e  cosméticos  indicados  para  o  tratamento  de  foliculite, 
pseudofoliculite  e  hiperpgimentação  sugeridos  a  partir  deste  estudo  por  estas 
pesquisadoras, são: 


•  Esfoliantes Físicos: 
Como opção abordaremos dois exemplos que serão somente usados quando 
houver pseudofoliculite: 
-Apricot  Kernel  Powder:  obtido  da  semente  de  apricot  (damasco),  são  partículas 
arredondadas  e  medem  em  torno  de  300  e  400  micras,  com  coloração  castanho 
claro.  Usado  em  sabonetes  abrasivos,  cremes,  máscaras  esfoliantes  e  géis  de 
limpeza esfoliante (SOUZA, 2004). 
-Óxido  de  alumínio:  tem  como  origem  os  minerais  metálicos  encontrados  na 
natureza. Os óxidos utilizados na cosmética são insolúveis tanto em  água quanto em 
óleo.  Prom ove  uma  esfoliação  física  na  pele,  resultando  em  um  afinamento  da 
camada  córnea,  facilitando  a  permeação  dos  ativos  (PEYREFITI,  MARTINI, 
CHIVOT, 1997). 


•  E sfoliantes Químicos: 
P odem ser usados nas três patologias apresentadas: 
-Ácido  Glicólico:  peeling químico, de 5 a  10% não  tóxico  é  pouco irritativo  e  pouco 
foto  sensibilizante  embora  é  indispensável  o  uso  de  filtro  solar  .  Usado  como 
despigm entante por sua ação de  descamação em  concentrações variáveis e tempo 
de exposição conforme a necessidade apresentada (NICOLETTI et al, 2003). 
-Ácido  Mandélico:  com  uma  molécula  maior  que  a  do  Ác.  Glicólico  penetra  mais 
lentamente favorecendo um efeito uniforme com ação anti-séptica, inibe a tirosinase 
e sua formulação promove um peeling que atua de maneira homogenia e superficial  
(SOUZA,  2005). 
-Ácido Salicílico: beta-hidroxiácidos além de sua ação queratoplástica, queratolítica, 
facilitando  a  penetração  tópica  de  outros  agentes,  possui  ação  bacteriostática, 
fungicida e muito usado na descamação epidérmica (BORGES,2006). 


•  A nti-séptico e Anti-inflamatório: 


-  Óleo  essencial  de  Tea  Tree  ou  Melaleuca:  é  um  dos  óleos  cujas  propriedades 
médicas  são  amplamente  documentadas,  antifúngico,  anti-séptica, 
imunoestim ulante,  balsâmico,  anti-infeccioso,  cicatrizante,  parasiticida  entre  outros, 
podendo assim potencializar os tratamentos (MALUF, 2008). Um óleo perfeitamente 
seguro  para  uso  caseiro  e  profissional,  pois  não  há  necessidade  de  diluição.  No 
entanto, ele requer cuidado podendo causar irritações em alguns tipos de pele. 
-Ácido  Glicirrízico:  com  a  ação  antiinflamatória  e  antialérgica  semelhante  aos 
corticóides, menos potentes porém mais duradouras ( BORGES 2006). 


•  Hidratante, regenerador e calmante: 
-Beta-Glucan:  um  agente  do  sistema  im unológico  da  pele,  sendo  capaz  de  ativar 
células que  possuem  receptores  para  b-glucan,  com  isso  melhora  a resistência da 
pele,  estresse  oxidativo,  diminua  a  perda  de  água  transpidérmica  e  estimula  a 
renovação celular do extrato córneo. (SOUZA, 2005 p. 40) 
-Ácido Hialurônico: conhecido como um excelente hidratante de alto peso molecular 
com  propriedades  de  controlar  os  eletrólitos  e  a  água  nos  fluidos  extracelulares,  
melhorando as seqüelas da pseudofoliculite. (BORGES,2006). 


•  Despigmentantes: 
-Ácido Kójico: apresenta grande eficácia na despigmentação porque inibe a ação da 
tirosinase promovendo a diminuição da eumelanina. (NICOLETTI et al, 2003).  
-Arbutin:  Age  como  inibidor  da  tirosinase,  promovendo  claream ento  da  pele. 
Minimiza de forma eficaz as manchas, e promove clareamento em todos os tipos de 
pele (SOUZA, 2004). 
-Alphawhite  Complex:  despigmentante,  composto  por:    ácido  glicirrízico,  arbutim, 
ácido  salicílico  e  vitamina  C.  Inibe  a  atividade  dos  melanócitos,  da  tirosinase, 
estimula  a  eliminação  da  melanina  via  queratinócitos,  através  da  descamação, 
melhora textura da pele e proporciona luminosidade (SOUZA, 2004). 


-  Ácido  Ascórbico  (vitamina  C):  age  degradando  a  melanina,  inibe  a  atividade  da 
tirosinase, anti-oxidante e agente estimulador dos fibroblastos (BORGES,2006). 
A lém  destes  princípios  ativos  acima  citados  encontramos  as  argilas  que 
conform e  nos  orienta  Souza  (2004,  pg.55)  são  cicatrizantes,  absorventes, 
estimulantes e renovadora celular, possuem características da sua própria estrutura.

Outra  propriedade interessante  é  a de melhorar  sensivelmente o toque reduzindo a
oleosidade e proporcionando sensação aveludada da pele. A partir do objetivo deste 
trabalho sugerimos os seguintes tipos de argila: 
- Argila Branca: Possui elevada quantidade de  alum ínio, o que  lhe oferece principal 
benefício à cicatrização. Possui propriedade clareadora, suavizante e removedora da 
oleosidade.  Utilizada  em  máscaras  faciais,  filtros  solares,  cremes  para  assadura 
(ADMIM, 2009).  
- Argila verde: Sua coloração se deve ao fato de apresentar óxido de ferro associado 
a  outros  oligoelementos  (magnésio,  cálcio,  potássio,  manganês,  fósforo,  zinco, 
alumínio, silício, cobre, selénio, cobalto e molibdénio). É absorvente, desintoxicante, 
remineralizante,  revitalizante,  regeneradora,  antisséptica,  bactericida,  cicatrizante, 
esfoliante.  Possui  propriedades  analgésicas  e  anti-inflamatórias  ativadoras  das 
funções imunológicas (ADMIM, 2009). 


ALTA FREQUÊNCIA 

A   alta  frequência  é  um  aparelho  que  produz  uma  corrente  alternativa 
(sinusoidal)  transm itida  à  superfície  cutânea  por  intermédio  de  eletrodos.  Seus 
efeitos  são de ação vasodilatadora seguida de uma vasoconstrição  de onde a ação 
descongestionante.  Ação  eletrosmótica  que  permite  a  penetração  nos  tecidos,  por 
via  osmose,  substância  diversas,  sem  associação  molecular  (HERNANDEZ; 
FRESNIL 1999). 
O  efeito  bactericida  é  o  principal  efeito  da  alta  freqüência,  ocorre  devido  á 
formação  do ozônio (O³) na  superfície da pele.  O  ozônio (O³) formado  possui  ação 
muito  oxidante, sendo assim  se torna um bom bactericida, germicida, e antisséptico 
em geral (LAKE 2004).  
P ara  Winter  (2001),  ela  também  é  uma  forte  aliada  para  prevenção  e 
tratamento para  pós-depilação, principalmente  em locais  com  histórico de foliculite, 
que  é  causada  normalmente pela presença de bactérias oportunistas que  estão na 
pele e penetram nos poros após a extração do pêlo. 
S ugere-se  que  pode  ser  usada  após  o  ato  da  depilação,  e  o  tempo  de 
aplicação  indicado  é  de  10  a  30  minutos  dependendo  da  reação  causada  e  o 
tamanho da área que foi depilada. Deve ser aplicado sobre a pele limpa. 


PROGRAMA DE TRATAMENTO 

 Realizado  o  estudo  para  entendimento  das  patologias  foco  desta  pesquisa: 
foliculite,  pseudofoliculite  e  hiperpigmentação  pós-inflamatória  e  fazer  uma  busca 
dos recursos já disponíveis na área de estética que podem atender as necessidades 
no  tratamento  das  mesmas,  montou-se  um  programa  de  tratamento  que  pode 
auxiliar  os  profissionais  na  solução  destes  problemas.  Baseando-se numa linha de 
cosméticos que oferece em suas formulações princípios ativos que podem atuar nas 
manifestações  existentes  nestas  alterações  da  pele,  apresenta-se  este  programa 
esquematizado no  quadro  a  seguir,  que  pode ser  aplicado após a  recuperação da 
sensibilidade da pele causada pela depilação que varia de 3 a 7 dias. 



CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Evidencia-se  a  importância  dada  pelo público  feminino  quanto  à aparência da 
pele após a prática de depilação. O problemas mais comuns entre as mulheres após 
este  ato  é a foliculite e  suas  seqüelas.  Através  da pesquisa  bibliográfica  realizada, 
concluiu-se que: 
Para obter-se um bom resultado no tratam ento de foliculite (reação inflamatória 
do folículo piloso) observa-se  que os  cuidados com a higiene durante e após o ato
de  depilação,  tanto  com  a  cera  quanto  com  a  lâmina  são  de  grande  valia.  Como 
exemplo podemos  descrever  na  cabine  de  estética  a  utilização  de  uma  loção pré-
depilatória,  que  irá  promover  assepsia  da  pele  e  diminuir  o  grau  de  umidade, 
combatendo a multiplicação das bactérias, além dos cuidados de biossegurança.  
No programa de tratamento devem-se utilizar produtos com ativos bactericidas 
e  cicatrizantes.  Nas  orientações  ao  cliente  recomendar    que  se  evite  exposição 
crônica ao atrito, como roupas  justas, principalmente após o ato de depilação, onde 
ocorre a exposição a óleos, resultando uma foliculite de oclusão. Quanto à lâmina é 
importante  lembrar  que  não  se  deve  deixar  em  lugares  úmidos  para  evitar  a 
proliferação das bactérias. 
Como  orientação  ao  cliente,  os  cosméticos  esfoliantes  deverão  ser  utilizados 
diariam ente no  início do  tratamento.  Após a melhora da textura da pele, deverá ser 
aplicados semanalmente, sendo importante que pare alguns dia antes da depilação  
No  programa  de  tratamento  neste  caso  a  conduta  ideal  é  a  utilização  de 
esfoliantes,  que  irá  promover  o  afinamento  da  camada  córnea  e  ativos  que 
promovam a despigmentação  desta pele.  A melhor forma é a prevenção, utilizando 
produtos hidratantes e protetores solares, principalmente se houver alguma lesão na 
pele  e  principalmente  após  a  depilação.  O  ideal  é  que  a  exposição  ao  sol  seja 
somente 48 horas após a depilação.  
Caso  após todas estas medidas forem tomadas, tanto pela profissional quanto 
pela  cliente,  e  o  resultado  não  for  o  esperado,  o  mais  eficaz  recomendado  pelos 
dermatologistas, é a utilização de uma depilação a Laser.  
O  Laser  para  depilação  é  um  excelente  método  para  tratamento  dos  pelos 
indesejáveis,  permitindo  uma  importante  melhora  na  qualidade  de  vida  dos 
pacientes,  pois  fornece  uma  resposta  mais  rápida,  permanente  e  m enos  dolorosa 
que  os  métodos  convencionais  podendo,  inclusive  tratar  pelos  de  pacientes  com 
fototipos mais altos (BORGES, 2006). Porem será indicado pelo profissional da área 
da estética somente para outros profissionais habilitados. 
REFERÊNCIAS 

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www.naturalesaudavel.com/?p=324. Acessado em 02 nov. 2009. 

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Referência: Disponível em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana%20Carolina%20Rescaroli%20e%20Gislene%20Martins%20da%20Silva.pdf Acesso em: 17/06/2012

Um comentário:

  1. Gostei muito do post, pois, apesar de ser leiga em cosmetologia e estética, consegui entender claramente o texto. A única coisa que ficou faltando foi o quadro de tratamento citado no tópico "Programa de Tratamento". Parabéns pelo trabalho!!!

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